Estratégia 8 – Avaliação Funcional Pré-admissional – Doze estratégias para redução do adoecimento osteomuscular relacionado o trabalho

Por Leonardo Rodrigues| Fisioteraupa do trabalho e ergonomista

Dando continuidade à série de 12 estratégias para redução do adoecimento osteomuscular relacionado o trabalho com alta produtividade falaremos hoje sobre a avaliação pré-admissional na empresa.

Todos conhecem é claro o processo seletivo para a entrada em uma empresa, embora existam diversas variações. Algumas empresas exigem exame psicológico, exame médico e audiométrico, outras empresas complementam com exames de imagem e de sangue ou testes de dinâmica de grupos. Independente de todos os exames realizados na área da saúde quem bate o martelo no fim e emite o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) é o médico do trabalho. Tudo isto é conhecido do empresariado! O que relato hoje é uma nova modalidade de usar a ergonomia e a avaliação cinética funcional neste processo pré-admissional.

A avaliação cinética funcional é a avaliação da capacidade funcional (de movimento) do indivíduo sendo o profissional habilitado para esta avaliação o fisioterapeuta, mais especificamente dentro das empresas o fisioterapeuta do trabalho. Nesta avaliação são realizados testes funcionais, de amplitude dos movimentos e força muscular específica (incluindo testes com dinamômetros manuais, dorsais, lombares e eletrônicos) onde no resultado final é obtida a capacidade funcional do candidato ao emprego. Esta informação pode ser muito útil ao médico do trabalho, complementando a sua gama de avaliação do individuo e favorecendo uma melhor análise do candidato. Mas afinal em que especificamente o médico poderia usar esta avaliação? E de que forma a empresa se beneficiaria na diminuição do adoecimento dos funcionários?

Possuindo conhecimento ergonômico dos postos de trabalho da empresa a avaliação das capacidades individuais de cada colaborador permite a alocação laboral adequada para as características individuais, reduzindo a sobrecarga de cada funcionário e permitindo uma melhor adaptação ao trabalho. Por exemplo, imagine que dois candidatos concorrem a uma vaga na expedição da sua empresa (carga que ergonomicamente foi avaliado como de grande esforço para as mãos) e uma vaga no almoxarifado (cargo que requer mais mobilidade do que força manual). O candidato A apresentou funcionalidade normal e uma força adequada nos testes dinamometricos (de força) para as mãos e o candidato B apresentou funcionalidade normal, porém pouca força para as mãos (compatível com o seu biótipo, por exemplo). O médico da empresa, junto ao ergonomista, possuirá conhecimento para alocar cada candidato em sua melhor vaga, onde aquele individuo se adaptará com maior facilidade.

Outro ponto fundamental nos dias de hoje para esta avaliação é a possibilidade de usar a mesma para medir as capacitações de indivíduos portadores de necessidades especiais quando os mesmos fazem a admissão na empresa. Mais uma vez conhecer os requisitos ergonômicos do trabalho que será desenvolvido e as capacidades funcionais do individuo irão colaborar para a adaptação do trabalho aquele novo colaborador que está chegando.

E a sua empresa pensa neste tipo de prevenção?

Estratégia 01 – Gestão de Ergonomia

Estratégia 2: Laudo Ergonômico

Estratégia 3: Capacitação do Comitê de Ergonomia

Estratégia 04: Blitz Postural

Estratégia 05: GINÁSTICA LABORAL

Estratégia 06: CURSOS E TREINAMENTOS PARA PREVENIR

Estratégia 07: EVENTOS DE SAÚDE NA EMPRESA