Região Sul apresentou a maior incidência de doenças ocupacionais do país em 2010

Atualmente empresas precisam competir no mercado nacional e internacional, e para tanto, necessitam de maior produtividade e menor custo. Nesse sentido, muitas vezes são impostos ritmos de trabalho intenso, jornada de trabalho prolongada e ambientes ergonomicamente inadequados.

Com isso, a incidência das DORT’s tem aumentado, e o que antes era algo isolado passou a ser uma epidemia. Desta formas, nos dias atuais existem doenças relacionadas ao trabalho que podem vir a ser a causa da incapacidade para o trabalho, trazendo prejuízo para as empresas e funcionários.

A média de doenças do trabalho aumentou nas últimas décadas, porém  nos últimos 3 anos o registro de doenças de trabalho diminuiu.  Acredita-se que esses resultados tenham ocorrido em função da maior CONSCIENTIZAÇÃO e ao Fator Acidentário de Prevenção (FAP), tendo em vista que as empresas que registrarem menos acidentes são beneficiadas com a redução de impostos (SAT).

Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (2010), no Brasil ocorreram 701.496 acidentes de trabalho, e mais de 14 mil geraram incapacidade permanente.  Os acidentes típicos representaram 79% dos registrados, e a faixa etária mais atingida é dos 20 aos 30 anos. Na distribuição por atividade econômica, o setor industrial participou com 43,9% do total de acidentes registrados com Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.  As partes do corpo com maior incidência de acidentes típicos foram o dedo e a mão, com 30,4% e 8,7%, respectivamente.

Em relação às doenças do trabalho, a região SUL foi a que mais registrou casos, sendo que a maioria, 1.276,  ocorreram no Estado do Rio Grande do Sul. As partes do corpo mais atingidas foram o ombro, o dorso e o ouvido, com 19,0%, 12,5% e 10,2% respectivamente, sendo os CID’s mais incidentes os de lesões no ombro (M75) e sinovite e tenossinovite (M65).

Em 2010 a atividade com maior incidência de doenças do trabalho foi a realizada por trabalhadores de funções transversais (operadores de robôs, de veículos operados e controlados remotamente, condutores de equipamento de elevação e movimentação de cargas etc.). Analisando os acidentes de trabalho de forma geral, e não só as doenças do trabalho, em 2010, a construção civil foi a que mais registrou acidentes com sequelas que impediram o trabalhador de voltar as suas atividades, sendo que a região Sudeste foi a mais acometida, seguida da região Sul.

Nos próximos meses devemos ter acesso aos resultados do Anuário de 2011 e ficaremos na expectativa por reduções mais significativas dos acidentes e doenças de trabalho no Brasil.

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Andréia Suzin Santiago
Fisioterapeuta do Trabalho – Health Care