6 dicas para aumentar seu metabolismo e controlar seu peso

O metabolismo energético, ou taxa metabólica, reflete a quantidade de calorias que um corpo necessita para manter suas atividades diárias. O metabolismo de repouso representa aproximadamente 70% do nosso metabolismo total (10% vêm da digestão dos alimentos e um percentual variável vem da atividade física). Ele pode ser medido de forma prática e indolor pelo exame de calorimetria indireta. Ao comparar o resultado deste exame com o metabolismo de repouso que seria esperado para aquela idade, peso e altura podemos afirmar se o metabolismo do paciente é normal, abaixo do normal ou acima do normal.

Pessoas com metabolismo de repouso abaixo do normal têm mais facilidade para ganhar peso pois “queimam” calorias de forma mais lenta. O mais importante nesta situação é ajustar o conteúdo calórico da dieta à taxa metabólica do paciente. Embora grande parte do metabolismo seja determinado pela idade e pela genética – fatores que não podemos modificar – alguns recursos nutricionais e mudanças no estilo de vida podem acelerar a forma como o organismo usa as calorias.

Atividade física: a massa muscular é o principal fator determinante do metabolismo basal, por isso os homens normalmente têm taxa metabólica maior que as mulheres. Assim, exercícios não só aumentam o metabolismo basal pelo aumento da massa muscular como também elevam o percentual do metabolismo relacionado à atividade física. Para esta finalidade, o ideal é associar exercícios aeróbicos e musculação, se possível com a supervisão de um profissional.

Composição nutricional da dieta: as proteínas gastam mais calorias para ser digeridas que os carboidratos. Desta forma, em pacientes selecionados, uma dieta com redução de carboidratos, sobretudo aqueles de absorção rápida (ex: açúcar, pão branco, batata, farinha…), e aumento de proteínas podem aumentar o metabolismo alimentar. Estas modificações, quando indicadas, devem ser feitas após avaliação clínica e laboratorial.

Alimentos: Alguns alimentos e suplementos alimentares (ex: cafeína, chá verde, pimenta-vermelha, mostarda, guaraná em pó, kiwi, etc) possuem propriedades termogênicas. O aumento da taxa metabólica ocorre em um percentual pequeno, mas pode contribuir para o resultado final quando somado a outros recursos. Até a água gelada possui ação termogênica pois o organismo gasta calorias para aquecê-la. Como alguns alimentos podem ter efeito estimulante, devem ser usados sob orientação a fim de se evitar efeitos colaterais. Deve se ficar atento porque há no mercado muitos suplementos ditos termogênicos sem eficácia comprovada para o emagrecimento.

Intervalo das refeições: Comer em intervalos menores eleva o metabolismo alimentar. Por outro lado, longos intervalos de jejum, além de diminuir a termogênese, podem acionar mecanismos hormonais de sobrevivência que estimulam o estoque de gorduras.

Efeito-sanfona: Ciclos frequentes de engorda-emagrece-engorda acarretam, dentre outros problemas, diminuição da massa muscular e do metabolismo basal. Emagrecimentos muito rápidos, sem acompanhamento profissional, sedentarismo, dietas drásticas, medicamentos sem prescrição ou interrupção abrupta ou precoce de tratamento estão entre as principais causas deste problema.

Sono: poucas horas de sono ou sono irregular podem diminuir a produção do hormônio de crescimento que é importante para a manutenção da massa muscular e aumento da oxidação das gorduras, sobretudo da região abdominal.

Hormônios: disfunções das glândulas tireóide ou suprarenal afetam diretamente o metabolismo basal. Se houver suspeita clínica destas doenças, exames devem ser solicitados para avaliar se há necessidade de tratamento.

Para saber mais, converse com seu médico ou nutricionista sobre quais estratégias se adaptam melhor ao seu caso.

Por Geraldo Santana – (médico endocrinologista)
Fonte: Help Life