LER/DORT – Como se proteger desse mal?

O desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético atingem várias categorias profissionais e têm várias denominações, entre as quais Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), adotadas pelos ministérios da Saúde e da Previdência Social. No ano de 2009, somente no Brasil, foram registrados 10.867 casos de LER/Dort. Apesar deste número estrondoso, o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece qualquer tipo de prevenção e quase nenhum tipo de tratamento às doenças.

Mais grave ainda é a omissão de grande parte dos médicos peritos do INSS que, por diversas vezes, não reconhecem a doença presente, dão alta programada e não encaminham para o processo de reabilitação. Com isso, o trabalhador volta às mesmas atividades laborais antes exercidas, mesmo sem condições físicas.

A etiologia das LER/Dort é multifatorial o que torna fundamental a análise dos vários fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. Os fatores de risco não são necessariamente as causas diretas das LER/Dort, mas podem gerar respostas que produzem as LER/Dort. Os fatores de risco não são independentes, interagem entre si e devem ser sempre analisados de forma integrada. Envolvem aspectos voltados à movimentação do funcionário em ambiente de trabalho, a forma como ele pensa, sente, se relaciona, além da organização do trabalho proposto. Conforme Maria Maeno, pesquisadora da Coordenação da Saúde e Trabalho da Fundacentro, os fatores organizacionais como carga de trabalho e pausas para descanso podem controlar com que frequência e intensidade agem os fatores de risco.

Uma das formas de combate as LER/Dort é a adequação ergonômica do ambiente de trabalho. Para, além disso, a promoção da saúde em ambiente laboral contribui para a redução da incidência da LER/Dort, reduz a probabilidade de acidentes no trabalho, contribui direta ou indiretamente para a melhoria do relacionamento interpessoal, o que promoverá um aumento da produtividade com qualidade.

Nesse sentido, a Health Care vem trabalhando para, através de ações que promovam o auto-cuidado e proporcionem uma prática regular para aprimoramento da aptidão física das pessoas, melhorar a qualidade de vida de nossos clientes.

Através do desenvolvimento de um Programa de Qualidade de Vida Corporativo (conheça nossa metodologia e nossos resultados), temos chegado a resultados bastante positivos, onde, os funcionários se beneficiam com a redução das incidências de LER/Dort, aumento da força nos braços,  região lombar e flexibilidade, além de redução nas  dores. Enquanto que a empresa se beneficia com este programa de qualidade de vida através da redução dos afastamentos e alta médica sem deslocamento externo, as pessoas envolvidas no programa ganham saúde física e mental, trabalhando assim mais dispostas e satisfeitas.

Autor: Prof. Daniel Garlipp (Doutorando em Ciência do Movimento Humano – EsEF/UFRGS)[email protected]