Saiba como enfrentar os problemas mais comuns de ergonomia no local de trabalho e aumentar a produtividade, já que a qualidade de vida depende muito da satisfação que as pessoas têm em sua vida e no ambiente profissional
De acordo com a presidente do Instituto Brasileiro de Qualidade de Vida, Elizabet Garcia Campos, as consequências do estresse para o funcionário são inúmeras. Vão da queda de produtividade ao esgotamento físico e mental. Daí para o desenvolvimento de doenças é um pulo.
– As empresas precisam detectar a forma de adequar os profissionais aos cargos, medir o nível de satisfação dos trabalhadores, verificar o grau de comunicação e integração de equipes, desenvolver políticas de benefícios e observar as condições ambientais – ensina Elizabet.
Ela conta que até a poluição sonora e o tempo gasto pelo trabalhador para chegar à empresa são fatores que podem levar ao estresse.
Do ponto de vista ergonômico, as condições ambientais inadequadas podem provocar os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) que, de acordo com um cruzamento de dados feito pelo Ministério da Previdência, lideram, juntamente com os transtornos mentais, os motivos de afastamento do trabalho.
As LER/Dort são síndromes que atacam os nervos, músculos e tendões e que atingem principalmente os membros superiores e o pescoço. Os prejuízos vão para o funcionário e para a empresa: segundo o Instituto Nacional de Prevenção às LER/Dort, as companhias gastam um total de mais de R$ 90 milhões por ano devido ao afastamento dos trabalhadores afetados pelas síndromes correlatas.
Além da ergonomia, atenção para problemas respiratórios
A fisioterapeuta Heloísa Guimarães explica que a dor não significa, necessariamente, uma patologia. É, porém, o alerta do corpo para que a pessoa verifique se há algo de errado.
– No início, a pessoa sente uma pressão na nuca. Muda a postura, sente alívio. Depois, a dor vai se intensificando e ela nota que só melhora depois de uma noite de sono. A dor fica cada vez mais grave e pode se tornar crônica – alerta.
A fisioterapeuta explica que, além dos cuidados necessários com a postura, é preciso estimular o organismo com exercícios físicos, que podem ser caminhadas, sessões de dança ou musculação.
Os funcionários também devem ficar atentos aos males respiratórios provocados pelos aparelhos de ar-condicionado: mudanças bruscas de temperatura podem diminuir a resistência do organismo e torná-lo alvo fácil para infecções.
– Mas o maior problema é a higienização. No ar-condicionado, a umidade fica presa na tubulação, o que favorece a proliferação de ácaros e fungos. A pessoa pode ter desde infecções fúngicas a sinusite – diz a alergista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, Iara Mello.
Segundo a médica, o ideal é que a manutenção do aparelho seja feita a cada seis meses.
Fonte: Caderno Empregos ZH