A cinesioterapia laboral, quando bem aplicada, pode trazer à empresa redução de gastos médicos, redução no absenteísmo, aumento da produtividade e diminuição nas doenças ocupacionais.
Desde a sua implantação, em 2017, o Programa de Cinesioterapia Laboral tem sido um grande sucesso no Centro de Distribuição dos Correios.
Tive a oportunidade de atender o primeiro colaborador encaminhado para o tratamento fisioterapêutico do Programa, e depois dele, tantos outros passaram por nós. Nesses anos, pude vivenciar não só a ideia genial de unir assistência médica, reabilitação e condicionamento físico em um só programa, mas a experiência de ter comigo profissionais que olhavam numa mesma direção e propósito: A qualidade de vida e saúde do trabalhador.
A dinâmica acontece da seguinte forma: O colaborador interessado em participar do programa passa por uma avaliação médica, e então é encaminhado ao setor de fisioterapia, caso necessite de reabilitação, ou para o setor de condicionamento físico (academia). Dessa forma, é possível oferecer ao colaborador um atendimento multidisciplinar e completo, oferecidos duas a três vezes na semana, por 50 minutos.
Os benefícios para os colaboradores foram perceptíveis desde o primeiro dia. Mas se você está se perguntando como isso impactou nos resultados operacionais da empresa, eu te explico: Aquele colaborador que perdia um turno inteiro de trabalho para se deslocar até uma clínica de fisioterapia, pelo menos duas vezes na semana, conseguia acessar o local do seu atendimento em cinco minutos, realizar a sua sessão, e retornar ao posto de trabalho. A cinesioterapia laboral, quando bem aplicada, pode trazer à empresa redução de gastos médicos, redução no absenteísmo, aumento da produtividade e diminuição nas doenças ocupacionais.
Isso me possibilitou ver muitos casos de pacientes com hérnias discais, por exemplo, vivendo períodos de remissão total da dor, saindo da zona de risco de intervenção cirúrgica e atuando motivados em seus postos de trabalho, promovendo impactos positivos não só na dor, mas na flexibilidade, postura, força muscular e na relação do do colaborador com o próprio corpo e com o ambiente de trabalho. Prova disso são as avaliações periódicas que os participantes do programa passavam. Isso sempre foi motivo de orgulho para todos os profissionais envolvidos neste processo.
Uma coisa é fato: A importância da saúde dos funcionários acabou gerando a motivação para que realizem atividades físicas diárias para diminuir as dores e consequentemente melhorar todos os outros aspectos físicos, psíquicos e sociais.
Por Aline Cazarin Cassaroti
Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Alfenas
@alinecassaroti
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