Antes de nos aprofundarmos no assunto, é preciso esclarecer o conceito básico de ergonomia. O estudo científico que procura melhorar as condições no ambiente trabalho e, assim, aumentar a produtividade é chamado de ergonomia. Logo, a gestão em ergonomia nada mais é do que planejar e implementar medidas dentro da organização que visam melhorar o conforto dos colaboradores e manter a integridade da empresa.
A gestão em ergonomia tornou-se tão popular entre as empresas graças aos inúmeros benefícios que ela oferece, entre eles os mais importantes são: reduzir o número de absenteísmo e melhorar a produção da equipe. Afinal, as condições de trabalho e o modo como a equipe atua afeta diretamente os resultados da empresa.
Se você tem interesse em descobrir maneiras práticas de se aplicar a gestão em ergonomia em alguma organização, então este é o lugar certo! Confira as nossas dicas.
Faça o levantamento dos afastamentos
O primeiro passo para que a gestão em ergonomia possa ser feita corretamente é analisar o quadro dos colaboradores. Após fazer um raio X na empresa e entender tudo o que acontece dentro dela, os planos para melhorar as condições de trabalho poderão ser elaborados com maior precisão.
A maneira mais eficaz de encontrar os setores que precisam ter o ambiente de trabalho otimizado é fazendo um levantamento dos afastamentos. Se algum setor tem um alto índice de absenteísmo decorrente de doenças ocupacionais ou acidentes no trabalho, isso significa que esse setor, em específico, precisa ser melhorado.
Outra prática interessante (e que pode fornecer muitas informações relevantes) é fazer um estudo detalhado sobre as entrevistas demissionais. Procure saber os motivos que fizeram os antigos colaboradores da empresa se demitirem. Assim como também é interessante que se faça um levantamento dos setores com maiores índices de rotatividade.
Ao levantar todos esses dados, a empresa será capaz de encontrar o foco de sua dor, ou seja, o que está prejudicando a sua produtividade.
Realize uma análise ergonômica quantitativa
Após identificar os setores mais críticos, é hora de encontrar o problema. A análise ergonômica busca verificar de perto como estão as condições de trabalho. Para isso, a análise precisa ser dividida em duas etapas.
Para que a primeira etapa possa ser colocada em prática, um profissional especialista em ergonomia, ou que tenha um amplo conhecimento sobre as técnicas ergonômicas, precisa entrar em ação. Esse profissional tem a função de observar o ambiente de trabalho de perto e avaliar como os colaboradores estão trabalhando.
Por exemplo, o ergonomista deve observar se os colaboradores estão fazendo muito esforço para exercer sua função, se o ambiente oferece as condições adequadas ou se os colaboradores não estão seguindo alguma norma de preservação da sua saúde e integridade.
Já na segunda etapa a organização deve entrevistar os colaboradores — sua participação é essencial. O entrevistador deve perguntar se eles sentem algum desconforto decorrente da função que ocupam, o que pode ser feito para solucionar seus problemas, qual a sua opinião sobre as condições de trabalho e mais uma série de perguntas relevantes.
Crie um comitê de ergonomia
Como já foi dito acima, a participação dos colaboradores é muito valiosa para a gestão em ergonomia, pois são eles quem sentem na pele os problemas no ambiente de trabalho.
O comitê deve ser formado pelos representantes dos colaboradores (ou seja, os colaboradores mais responsáveis e dedicados de cada setor) e os representantes da organização.
Esses colaboradores escolhidos a dedo auxiliarão a gestão a elaborar ações corretivas e criar planos para aumentar a produtividade da empresa sem prejudicar os colegas.
Existem, também, ferramentas que otimizam as funções ergonômicas de uma empresa. A partir delas, é possível ter controle das missões de uma instituição em relação à ergonomia, como iluminação, postura, layout, entre outras. O gestor pode classificá-las por riscos, o que implica custo e ainda atrelar responsabilidades a determinados membros do comitê.
A gestão em ergonomia pode parecer uma prática um tanto trabalhosa de ser implantada, mas ela é essencial para qualquer organização. Existem empresas especializadas em análises ergonômicas.
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