O que é burnout? Trata-se de um um termo instituído pelo psicólogo norte-americano Herbert Freudenberger, nascido em meados de 1970. A condição é algo que se instala de maneira progressiva e silenciosa, consiste na falta de energia, física e mental para encarar os problemas e outros aspectos da vida.
Continue a leitura e conheça mais sobre a patologia nascida em uma época de pressões laborais constantes e desencadeada, principalmente, pelo estresse produzido no ambiente de trabalho.
Entenda o termo
O termo é recente e é uma criação dos tempos modernos: nossas ocupações se tornaram cada vez mais maçantes. Mesmo que nosso organismo tenha sido organizado de modo a aguentar certas situações de estresse, a exposição crônica a ele sempre desencadeará doenças, tanto físicas, quanto mentais.
No Brasil, a condição afeta 30% dos profissionais. Isso representa uma população de 30 milhões de pessoas acometidas pelo nível mais elevado do estresse. Quem garante o fenômeno é a instituição Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil). O diagnóstico também exprime o impacto representado pela síndrome de burnout no PIB (Produto Interno Bruto), com um prejuízo de 4,5%.
O indivíduo acometido por essa condição não enxerga alegria na vida, muitas vezes perde o desejo sexual e passa por uma paralisia de sentimentos. O estresse excessivo é visto preponderantemente em médicos e enfermeiros, e também em ocupações que exigem um forte sentimento doador, como trabalhos voluntários.
Para as empresas, a síndrome de burnout também representa grandes perdas: em certos ambientes de trabalho, por exemplo, percebe-se um alto nível de rotatividade dos funcionários, e isso pode estar relacionado à cultura da empresa. Às vezes, a competição e a busca incessante por resultados podem transformar o ambiente no principal causador de baixa autoestima e estresse.
Saiba as causas e os sintomas
No ambiente profissional, os fatores que desencadeiam a síndrome de burnout podem ser a temperatura, o ruído, a higiene do lugar, o clima, longos períodos em um trabalho noturno e a sobrecarga de demandas. A falta de reconhecimento também influencia no surgimento da doença.
Os sintomas incluem:
- permanente sensação de negatividade;
- dificuldade extrema para se concentrar em tarefas simples;
- sentimento de inferioridade em relações interpessoais e no ambiente de trabalho;
- cansaço físico e mental que se perpetua por longos períodos,
- perda de interesse em atividades sociais;
- falta de energia para manter uma rotina de hábitos saudáveis;
- perda de interesse nas atividades que gostava anteriormente;
- alterações repentinas de humor, com muitas situações de extrema tristeza e agressividade;
- isolar-se de pessoas significativas, como família e amigos.
Conheça os tratamentos
Tratando-se de uma síndrome relacionada ao esgotamento físico e mental, alguns dias ou semanas de repouso, como um tempo em uma pousada ou tirar férias, já são suficientes para conter o estágio leve dessa condição.
Em casos crônicos, pode ser necessário o acompanhamento de um psicólogo ou o uso de medicamentos para manter o indivíduo são. Comumente, essa condição está associada a quadros de ansiedade e depressão.
Um fisioterapeuta também pode atuar na prevenção da síndrome de burnout e no tratamento. A ergonomia pode intervir utilizando técnicas que visam o relaxamento por meio da reeducação da postura global e do estresse no trabalho.
O tratamento para a síndrome de burnout também precisa remover o indivíduo do ambiente que induz o gatilho do estresse. Isso significa que não adianta apenas inserir o tratamento medicamentoso ou a ergonomia. Pode até ser perigoso, pois o paciente pode decidir aumentar a dose dos remédios, já que não vê melhora.
Por se tratar de uma condição pouco difundida e pouco entendida (os sintomas são muito generalistas e não há um que seja conclusivo para responder o que é burnout), é impossível dizer o quão expressiva ela é em nossa sociedade.
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